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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

MPP


A música popular de Pernambuco é umas das heranças mais significativas que nossa cultura nos  deu de presente, ela se mostra diversa e atende a todas as pessoas. Se mostrou mais forte a partir da década de 90, e, com a ajuda de personalidades e bandas como Chico Science & Nação Zumbi, Otto, Fred 04, Banda Eddie, ficou mais conhecida e conseguiu ir além do preconceito que atinge nosso estado.

Eles trouxeram músicas que tratavam do nosso povo, das nossas ruas e do nosso meio de vida, inovando o cenário musical de Pernambuco. Ritmos alegres que retratam alegria apesar do descaso social, da fome e falta de estrutura que Recife sofre atualmente. Nascia aí o mangue beat, o samba rock, e outras misturas loucas formando um conjunto da vida alternativa.
Estilos e formas diferentes de tocar, misturas excêntricas com instrumentos característicos da nossa música atraíram a mídia de tal forma que a visão ultrapassada dos jovens foi se recriando e as nossas raízes foram interpretadas com outros olhos.

Essas raízes refletem o que somos hoje, porém não é valorizada mais, apesar de tantos manifestos culturais, os jovens preferem encher suas cabeças com a massa cultural que vem do estrangeiro. A partir disso, eles se fecham e renegam sua terra, seus costumes, escutam músicas que não dizem nada de produtivo e seguem qualquer padão se a mídia impor e, dessa forma, se tornam totalmente alienados.

O Governo do estado, as Prefeituras, as bandas independentes e muitas outras organizações, se esforçam para promover eventos que procuram propagar música de qualidade, produzida por feras pernambucanas. Mas isso ajuda de fato?

Se olharmos bem, forró pé-de-serra, só toca no São João e Frevo só no Carnaval... Deveríamos então fazer uma grande alerta para conscientização da população? Não adianta... Durante ano inteiro, vemos propagandas tratando da nossa Cultura e o valor continua sendo empregado apenas ao exterior do país.

Vamos dar mais reconhecimento ao que é nosso, o que nos pertence é de ouro! É um desperdício danado deixar de cultivar as árvores que deram estrutura à nossa formação atual.