Desde a pré-história, durante o processo de formação das civilizações, o homem enfrentou guerras, crises existenciais e sociedades degradadas. Quando os maiores problemas socioeconômicos e políticos obtiveram seus ápices, o homem aprendeu a procurar soluções de emergência para as más feitorias que, durante séculos, acumulou. Assim, estudou. Estudou para fomentar e encontrar, através da filosofia, da matemática, da biologia e da química, a resolução e das questões inquietantes que atingiram sociedades famintas, doentes e carentes de dignidade.
A história não mente: a evolução do homem é elaborada entre guerras, revoluções e tratados. Com a invenção da eletricidade, o bem estar material veio junto. Mas não só em bem estar a tecnologia estava fundamentada. Bombas atômicas, aviões de guerra e mísseis fizeram parte de uma corrida armamentista sem incrementos na evolução da humanidade, levando as grandes descobertas do século XX a ser embasadas por “alicerces medievais”. O cenário era um mundo “lavado por pólvora”, com seus valores atrofiados, estagnados.
A ciência teve seus conceitos limitados ao não conseguir explicar questões existencialistas. A partir desse momento, todas as incertezas do homem, inclusive a sua incapacidade de perfeição e acerto total, foram levadas a ser respondidas pelo pensamento filosófico e pela religião, que fizeram da perfeição algo que pode apenas se tornar concreto após da morte. Assim, o conceito de que errar é algo já impregnado na essência do ser humano, sem resolução, foi alimentado. No entanto, quase nunca, o complemento desse conceito é lembrado. Pois, errar é humano, mas continuar no erro é burrice.
Para que os erros não se perpetuem, é necessário voltar no tempo e assistir de perto que, em detrimento dos pensamentos egoístas dos generais, chefes e comandantes, muitas vidas foram perdidas. E é de suma importância interpretar os erros do passado como um impulso para que as acomodadas estruturas econômicas falidas do planeta sejam corrigidas, lembrando que as “visões turvas e míopes” dos habitantes da terra, que os impedem de enxergar os problemas tão óbvios da sociedade, mesmo após serem corrigidas através de óculos, estão sujeitas a ter suas lentes atingidas pela “sujeira do mundo” novamente. Porque errar é tão humano que, mesmo estudando sua história, o homem regride e repete seus erros.