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domingo, 15 de novembro de 2009

E na vida...

Eu faço questão do real, do sentimento, da visão
Faço questão do claro e da verdade...
Também faço questão dos paralelepípedos da rua, das árvores e das tardes de domingo
De barrinhas, pirralhos e bola
Quero todo dia poder ver o sol, enxergar na flor o reflexo da cor viva

Faço questão de amigos, poucos.
Uns quatro ou cinco... desde que me façam rir.
Quero também um amor, desde que seja verdadeiro e também me faça rir.
Faço questão de não ver televisão as quartas, porque tem jogo

Faço questão de crescer o que se chama inteligência e buscar o que é interessante.
Quero um teto, comida e estudo.
Quero pai, mãe, família e estrututa.
Faço questão de pelo menos lutar por um futuro bom

Quero sandálias havaianas e um pandeiro
Quero Recife lindo todo dia, quero o céu azul assim.
Quero chuviscos num dia preguiçoso e nuvens claras quando for receber afeto.

Quero uma xícara de café e uma boa novela sem ilusões
Faço questão de cochilar enquanto não houver o que fazer
Faço questão de correr pelo o que é meu, sendo amizade e sentimento
Quero que os problemas explodam e que tudo que é bom, se realize naturalmente

Não faço questão do melhor aos olhos do mundo
Muito menos ao que se parece real, mas não é.
Não quero me viciar no que se tornou atual,
Apenas no amor que nunca saiu desse padrão.

Quero agora, um lápis bem apontado e um papel
Não faço questão de borracha, nunca apagarei o que disse.
Quero música alegre e compania boa.
Quero um livro que me faça chorar de alegria na cabeceira da minha cama.
Porque se for pra ser de algum jeito, será assim.

O que eu quero mesmo é abstrato a seus olhos.

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