A centralização de poder e sistemas ditatoriais fizeram e fazem parte da história
do mundo. Como entender a ascensão de cargos que contam com submissão total do seu povo, apesar da degradação social e da miséria?
A desigualdade entre camadas acarretava injustiças profundas no Feudalismo: o servo não tinha direito ao estudo e estava numa "prisão" que determinava as mesmas condições de exploração e subordinação à Nobreza e ao Clero até o fim de sua vida. Não havia emprego qualificado de acordo com o mérito de cada cidadão: a educação, o respeito e a estabilidade financeira estavam voltados apenas para os herdeiros das famílias ricas.
O trabalhador não reclamaria da distribuição desequilibrada de méritos, se não tivesse conhecimento de meios para uma melhora de vida. Por isso, a forma usada para que essas injustiças fossem "maquiadas" foi a proibição de acesso à escola.
O maior fator que influenciava a mente dos desprovidos de capital e que trouxe aceitação imediata às imposições da sociedade foi a religião. O filósofo e sociólogo Otto Maduro observa em seu livro, "Religião e desigualdade de classes", que há uma sociologia chamada de ingênua que constata e aceita, quase como um fato natural, o tipo de desenvolvimento que rege o destino da nação. – Religiões e modelos políticos são seguidos espontaneamente sem serem questionados.
Os governos, a mídia, a religião, em sua maioria, são grupos que propagam indevidamente ideias para persuadir e administrar a forma de agir das pessoas que não têm conhecimento dos seus direitos. Sem educação elas se tornam maleáveis e são facilmente levadas a aceitar as ideologias estúpidas que esses meios de propagação trazem; ficam presas a sistemas que impõem dependência sem justificativas. E, de uma forma simples e clara, Victor Hugo resumiu: Quem abre uma escola, fecha uma prisão. Seja ela uma prisão de injustiças, desrespeitos ou desigualdades.
E isso gera um ciclo vicioso; o político despreocupado e a mídia, investem na ignorância da população; e a despreocupada população, vota nesse político.
ResponderExcluirQuerida, continue escrevendo que eu venho aqui, de vez em quando, me orgulhar! Flávia Suassuna, sua professora de português.
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