Marcado pela escravidão violenta, implantada no Período Colonial, o Brasil carrega, até hoje, as marcas do preconceito e das dificuldades que o negro enfrentou para ter seus direitos garantidos. Após anos de repressão e exclusão, a maioria deles, faz parte das camadas baixas e sofre com a pobreza, ocupando cargos pouco valorizados no mercado de trabalho. Ascender socialmente continua a ser um desafio para essa raça. As cotas universitárias são de fato o melhor meio para que haja mais igualdade racial?
A maior causadora dessa desconformidade é a má formação escolar que é dada aos negros de baixa renda. As escolas públicas do Brasil são carentes de boa estrutura e de bom ensino. O grande problema está aí: o preconceito é gerado porque a cota acaba dividindo uma sociedade miscigenada em grupos de negros, de brancos e de índios. Assim, é construída uma falsa idéia de que alguns desses grupos não têm capacidade de ingressar na universidade, através do processo seletivo do vestibular, dependendo sempre do auxílio da cota.
Essa idéia é construída, porque há diferenças de inserção social entre esses grupos e, ao invés de a cota capacitar e dar oportunidade a um indivíduo, ela não dá a base escolar que ele deveria ter tido no primário, dessa forma, a cota serve apenas para esconder um problema que acompanha os brasileiros há décadas, pois, apesar dela, o preconceito e a desigualdade continuam firmes na sociedade. Então, enquanto houver má distribuição de oportunidades, a discriminação fará parte do Brasil.
A melhor medida a ser tomada para “cortar esse mal pela raiz” é investir num ensino de qualidade para que as escolas da rede pública sejam capazes de qualificar o negro de baixa renda, de modo que ele conquiste qualquer vaga, através do seu próprio mérito. Assim, provará que ações afirmativas, como as cotas, podem simplesmente ser substituídas por soluções mais simples e eficazes, mostrando que todos, sem exceção, têm aptidão para chegar a qualquer lugar.
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