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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Imperialismo cultural e suas necessidades desnecessárias

É certa a existência de sociedades que se destacaram, no último século, por obter altos índices de desenvolvimento no campo da qualidade de vida. Essas sociedades estão juntas em apenas um grupo: o grupo dos países que comandam o mundo. Os Estados Unidos foram, inicialmente, os responsáveis pelo lucro econômico em cima dos países pobres, que geograficamente, habitam a periferia do mundo. A interdependência financeira entre todas essas nações é sustentada, principalmente, pela mídia que fortalece e concretiza os objetivos dos países pioneiros no âmbito comercial, os países desenvolvidos.

Através do imperialismo cultural, advindo dos meios de comunicação social, foi possível mudar a consciência individual e social dos países atingidos por ele. Ideias massificadoras foram introduzidas no dia a dia de todas as pessoas, levando-as a mudar seus conceitos, igualando-os aos interesses dos responsáveis por essa invasão cultural forçada. Dessa forma, os costumes, a moda, as tendências e o padrão de beleza norte-americanos foram apresentados aos países subdesenvolvidos através dos filmes, dos comerciais e das músicas estrangeiras, sendo aceitos sem ser questionados.

Eis o grande problema: os produtos de luxo tão almejados pelos países pobres são facilmente encontrados nos países ricos, por haver lá, elevado padrão de vida e menos desigualdades sociais, o que não acontece em boa parte do hemisfério sul: poder ter esse tão almejado objeto é privilégio de poucas pessoas. Assim, o público alvo da invasão cultural engole e assimila toda e qualquer imposição proveniente da propaganda, sem tomar consciência de que vivem em sociedades que concentram renda em poucas famílias. Isso acontece porque, na década de 70, uma ideologia foi construída para contemplar o rápido crescimento econômico, que foi considerado a única forma para que um país escapasse do subdesenvolvimento.

Esse crescimento de fato ocorreu, mas apenas nas mãos ricas, o que proporcionou um agravo na exclusão social dos pobres e iludiu a população que já não consegue distinguir o que de fato é importante para ascender na sociedade. Jorge Ahumada, um grande economista chileno, disse: “Se cada dólar fosse gasto em conseguir água potável, centenas e centenas de vidas poderiam ser salvas. Cada dólar gasto em supérfluos significa mais privilégios para uns poucos à custa de muitos.

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