Favelas: morros entupidos de barracos com perfurações de balas perdidas que alertam o reino da violência e do tráfico de drogas. Moradias ilegais com péssimas condições para viver. Não há direitos, nem deveres. Os favelados são os formadores das suas próprias leis. Sem a assistência do governo, o ambiente é propício às doenças, à miséria e à proliferação da marginalidade. Com o passar dos tempos, tachações preconceituosas foram postas sobre os habitantes das favelas do Brasil que, ao invés de assistidos e oportunizados pelas elites, foram excluídos.
Desprovidos dos olhares do Estado, os ocupantes dos morros seguem, quase que a risca, o determinismo falho de John Locke. Com justificativas que os levam a acomodar-se a uma situação financeira precária. Eles simplesmente nascem e morrem ali, pois há a compreensão de que o “vácuo”, existente entre as camadas sociais, só dificulta o acesso a uma vida digna. Esse “vácuo” pode ser atravessado unicamente com muito esforço e sorte, assim, as crianças acabam incorporando os modelos mais fáceis a serem seguidos nas favelas: os exemplos são os dos pais que obtiveram rapidez para ascender economicamente através do roubo e do tráfico.
Investimentos numa bela imagem do Brasil são elaborados através dos meios de comunicação social todos os dias. Não se a vê o peso correto que se deveria ter de preocupação com um problema que existe e é latente desde o nascimento da nação. E o pior: os planos de ajuda, ao invés de melhorar, pioram a situação, pois servem, em sua grande maioria, para desviar votos a políticos que não trazem mudanças efetivas para a população e apenas alimentam esperanças ilusórias. Então, a pergunta fica no ar: quantos bilhões a mais de crédito internacional e boa imagem para o exterior são precisos para que o Brasil comece a pensar na real imagem de degradação que tem e na dívida interna que se sustenta entre pobres e ricos?
A violência é um substantivo que, de abstrato, passa a ser concreto nas favelas do Brasil. Devido a tanta falta de perspectiva, não é possível premeditar o acontecimento da regulamentação dos morros invadidos pelos negros "abolidos" da escravidão e pelos nordestinos fugitivos da seca no século passado. Enquanto isso, famílias, que crescem em passo super acelerado, são obrigadas a viver sem urbanização, dignidade e sem acesso à cidadania que merecem. Os responsáveis pela nação deixam estar e tomam atitudes para atenuar os problemas sociais das favelas quando eles já estão no limite. O que falta mesmo é sentar e esperar, pois parece que as autoridades já não escutam mais os gritos de cansaço e de sofrimento do povo.
[aplausos] VIVA O SOCIALISMO! VIVA A REVOLUÇÃO!
ResponderExcluirAs vezes acho que sou esquerdista demais! mas quando leio textos como esse, vejo que não exagero.
ResponderExcluirpois é.. isso é culpa do governo que não investe em educação..
ResponderExcluircom isso cada mais pessoas que não conseguem uma vida melhor fica a mercê disto.